Arquitetura moderna é uma designação genérica para o conjunto de movimentos e escolas arquitetônicos que vieram a caracterizar a arquitetura produzida durante grande parte do século XX (especialmente os períodos entre as décadas de 10 e 50), inserida no contexto artístico e cultural do Modernismo.
O termo modernismo é, no entanto, uma referência genérica que não
traduz diferenças importantes entre arquitetos de uma mesma época.
Não há um ideário moderno único. Suas características podem ser encontradas em origens diversas como a Bauhaus, na Alemanha; em Le Corbusier, na França em Frank Lloyd Wright nos EUA ou nos construtivistas russos alguns ligados à escola Vuthemas, entre muitos outros. Estas fontes tão diversas encontraram nos CIAM
(Congresso Internacional de Arquitetura Moderna) um instrumento de
convergência, produzindo um ideário de aparência homogênea resultando no
estabelecimento de alguns pontos comuns. Alguns historiadores da
arquitetura (como Leonardo Benevolo e Nikolaus Pevsner),
por sua vez, traçam a gênese histórica do moderno em uma série de
movimentos ocorridos em meados do século XIX, como o movimento Arts & Crafts.
O International Style,
conceito inventado pelo crítico Henry Russel Hitchcock e utilizado pela
primeira em 1932, traduz esta posição de convergência criada pelos
CIAM. Com a criação da noção de que os preceitos da arquitetura moderna
seguiam uma linha única e coesa, tornou-se mais fácil a sua divulgação e
reprodução pelo mundo. Dois países onde alguns arquitetos adotaram os
preceitos homogêneos do International Style foram Brasil e Estados
Unidos. O International Style traduz um conjunto de vertentes
essencialmente européias (principalmente as arquiteturas de Gropius,
Mies e Le Corbusier), ainda que figuras do mundo todo tenham participado
dos CIAM. Uma outra vertente, de origem norte-americana, é relacionada à
Frank Lloyd Wright e referida como arquitetura orgânica.
Um dos princípios básicos do modernismo foi o de renovar a
arquitetura e rejeitar toda a arquitetura anterior ao movimento;
principalmente a arquitetura do século XIX expressada no Ecletismo.
O rompimento com a história fez parte do discurso de alguns arquitetos
modernos, como Le Corbusier e Adolf Loos. Este aspecto - na sua forma
simplificada - foi criticado pelo pós-modernismo, que utiliza a revalorização histórica como um de seus motes.
Uma das principais bandeiras dos modernos é a rejeição dos estilos
históricos principalmente pelo que acreditavam ser a sua devoção ao ornamento. Com o título de Ornamento e Crime
(1908) um ensaio de Adolf Loos critica o que acreditava ser uma
arquitetura preocupada com o supérfluo e o superficial. O ornamento, por
sua vez, com suas regras estabelecidas pela Academia, estava ligado à
outra noção combatida pelos primeiros modernos: o estilo. Os modernos viam no ornamento,
um elemento típico dos estilos históricos, um inimigo a ser combatido:
produzir uma arquitetura sem ornamentos tornou-se uma bandeira para
alguns. Junto com as vanguardas artísticas da décadas de 1910 e 20 havia
um como objetivo comum a criação de espaços e objetos abstratos,
geométricos e mínimos.
Outra característica importante eram as idéias de industrialização, economia e a recém-descoberta noção do design. Acreditava-se que o arquiteto
era um profissional responsável pela correta e socialmente justa
construção do ambiente habitado pelo homem, carregando um fardo pesado.
Os edifícios deveriam ser econômicos, limpos, úteis.
Duas máximas se tornaram as grandes representantes do modernismo: menos é mais (frase cunhada pelo arquiteto Mies Van der Rohe) e a forma segue a função ("form follows function", do arquiteto proto-moderno Louis Sullivan, também traduzida como forma é função). Estas frases, vistas como a síntese do ideário moderno, tornaram-se também a sua caricatura.
Bibliografia:http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_moderna